Apesar de existir tratamentos aprovados para a osteoporose h\u00e1 mais de tr\u00eas d\u00e9cadas, o n\u00famero de pacientes com osteoporose, especialmente mulheres ap\u00f3s menopausa, com defici\u00eancia de estrog\u00eanio, continua crescendo. Com essa realidade, abordagens alternativas, que auxiliam no tratamento e preven\u00e7\u00e3o com menos efeitos colaterais s\u00e3o necess\u00e1rios.<\/p>\n\n\n\n
O que \u00e9, na verdade, a osteoporose? Trata-se de doen\u00e7a esquel\u00e9tica sist\u00eamica, \u00e9 caracterizada por preju\u00edzos ao osso como redu\u00e7\u00e3o de massa, aumento da fragilidade \u00f3ssea, e portanto, maior suscetibilidade a fraturas graves.<\/p>\n\n\n\n
As altera\u00e7\u00f5es patol\u00f3gicas na osteoporose induzida pela menopausa t\u00eam como principal causa a forma\u00e7\u00e3o reduzida e reabsor\u00e7\u00e3o excessiva de osteoclastos. Al\u00e9m disso, a defici\u00eancia de estrog\u00eanio tem sido associada ao comprometimento da integridade intestinal.<\/strong><\/em><\/p>\n\n\n\n Isso mesmo! O problema pode estar relacionado com a sa\u00fade do intestino. \u00c9 que o comprometimento da integridade intestinal facilita a passagem de citocinas microbianas do intestino para a corrente sangu\u00ednea.<\/p>\n\n\n\n A microbiota intestinal (MI) \u00e9 condicionante essencial para a sa\u00fade humana e se comunica \u00e0 dist\u00e2ncia com \u00f3rg\u00e3os do corpo por meio de eixos, como eixo intestino-c\u00e9rebro, eixo intestino-pele e tamb\u00e9m eixo intestino-osso. O eixo microbiota-intestinal-osso abrange o efeito da comunidade microbiana associada ao intestino e\/ou suas mol\u00e9culas na sa\u00fade \u00f3ssea.<\/p>\n\n\n\n Experimentalmente, camundongos normais versus camundongos “germ free” (GF), ou seja, livre de germes, tem menos perda \u00f3ssea ap\u00f3s a defici\u00eancia de estrog\u00eanio por redu\u00e7\u00e3o na quantidade de citocinas microbianas com efeito osteoclasto g\u00eanico negativos para a mineraliza\u00e7\u00e3o \u00f3ssea.<\/p>\n\n\n\n Neste sentido, pesquisadores avaliaram a diferen\u00e7a da composi\u00e7\u00e3o da microbiota de mulheres p\u00f3s menopausa sem osteoporose com aquelas que tinham o problema. Os resultados apontaram maior abund\u00e2ncia de Prevotella (tr\u00eas vezes maior) em mulheres sem osteoporose, enquanto pacientes com osteoporose tiveram maior abund\u00e2ncia de Bacteroides.<\/p>\n\n\n\n Em estudos com animais, a suplementa\u00e7\u00e3o com Prevotella histicola reduziu a express\u00e3o de citocinas e aumentou a express\u00e3o de osteoprotegerina no tecido \u00f3sseo, protegendo os camundongos da perda \u00f3ssea induzida por defici\u00eancia de estrog\u00eanio.<\/p>\n\n\n\n Esse resultado demonstra que conhecer a microbiota intestinal e realizar estrat\u00e9gias terap\u00eauticas personalizadas podem ser atitudes promissoras para o tratamento da osteoporose.<\/p>\n\n\n\n Voc\u00ea j\u00e1 havia pensado nessa rela\u00e7\u00e3o entre intestino e ossos? Sugiro que tenha uma aten\u00e7\u00e3o maior ao funcionamento do seu intestino. Afinal, cada vez mais estudos e pesquisas comprovam que manter o h\u00e1bito de cuidar do seu intestino, da sua alimenta\u00e7\u00e3o, s\u00e3o prioridades fundamentais para quem busca uma vida saud\u00e1vel e deseja ter uma longevidade com vitalidade.<\/p>\n\n\n\n